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NAUI Brasil participa do 1º Workshop Nacional do Programa de Revitalização do Ecoturismo Náutico Brasileiro

16/05/2019

O representante da NAUI Brasil foi um dos convidados para participar das discussões os vários aspectos do ecoturismo náutico, diagnosticar os gargalos do setor e desenvolver estratégias para vencer os desafios, especificamente o mergulho

Brasília - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) deu nesta quinta-feira (16) um passo importante para incrementar, junto com parceiros, o desenvolvimento do turismo náutico no Brasil. Em evento em sua sede, em Brasília, o MMA reuniu os mais diferentes setores envolvidos com a atividade para fazer um diagnóstico e propor novos modelos de gestão e negócios na área.

No discurso de todos, uma constatação: o Brasil precisa investir urgentemente no turismo náutico. Primeiro, porque há um enorme potencial a ser explorado no país. Segundo, pela importância conservacionista e econômica da atividade. Ao mesmo tempo que preserva a natureza, esse tipo de turismo gera negócios para a indústria e emprega milhares de brasileiros.

"Somos o país número 1 do mundo em recursos naturais, temos uma costa com cerca de 8 mil km, água quente e sol o ano todo, além de 9 mil km de margens com água doce", descreveu o secretário de Ecoturismo do MMA, Gilson Machado, na abertura do 1º Workshop Nacional do Programa de Revitalização do Ecoturismo Náutico Brasileiro.

As propostas apresentadas pelo representante da NAUI Brasil, Sr. Alvanir S. Oliveira "Jornada" foram específicas do segmento do mergulho, visando fomentar ainda mais a atividades aqui no Brasil. Alguns assuntos também foram tratados por outras propostas como a importância da redução dos impostos de importação sobre equipamentos de mergulho para operçação (como cilindros, reguladores, compressores, etc). Também foi elogiado o modelo implementado no Arquipélago de Alcatrazes, que em 4 meses de abertura, já atingiu a marca de 1000 visitantes, como um exemplo de visitação consciente e sustentavel em uma Unidade de Conservação Federal.
1) Implantação de Recifes Artificiais Marinhos , nas áreas da Baía de Angra dos Reis, especificamente nas Enseadas do Sítio Forte e do Bananal, além de estudos futuros para o Litoral de São Paulo, com o objetivo de incremento do turismo de mergulho, e criação de obstáculos para a pesca predatória.  
2) Mobilização em torno da Recategorização de Reserva do Arvoredo, para um Parque Nacional Marinho, o que, certamente seria um grande passo para o mergulho, e para a corservação da unidade, já que atividades clandestinas são praticadas com frequência no local.
3) Implantação de Recifes Artificiais no Lago Paranoa em Brasília. A região é um dos maiores polos de formação de mergulhadores no Brasil, que podem ter mais atrativos para os praticantes. A Secretária de Turismo do DF Vanessa Mendonça, se sensibilizou com o assunto, e o apoio oficial deve ser reforçado. Ciração de museu subaquárico, afundamento de vaiculos como ônibus, e outros tipos, além de estruturas diversas, seram objeto de estudo para os afundamentos.  
4) Reabertura das Cavernas na região da Serra da Bodoquena MS. O Brasil experimentou um grande sucesso na atividade de mergulho em cavernas na década de 1990, o que foi freado pelo IBAMA com a publicação da Portaria 89, no ano de 2001, fechando as cavernas. Atualmente brasileiros que pretendem praticar a atividade, tem qu deslocar para o México ou para o Estado da Fórida nos EUA. Uma eventual reabertura das cavernas, que dependerá da resolução de muitos entraves, certamente traria novamente para a região um incremento significativo para o mergulho em cavernas,. Também foi citada a Região da Chapada Diamantina, que possui muitas cavidades alagadas, e também experimentou um grande avanço naquele período, ficando conhecida, inclusive, internacionalmente.  

O workshop foi organizado pela Secretaria de Ecoturismo, comandada por Machado e criada pela atual gestão do MMA para fomentar e definir políticas públicas que promovam a conscientização ambiental, o desenvolvimento socioeconômico e a sustentabilidade nos diversos segmentos do turismo na natureza.

Antes das intervenções, que se estenderam por mais de duas horas, foi exibido no telão vídeo em que o presidente da República, Jair Bolsonaro (foto acima), que não pôde participar do evento por estar em viagem aos EUA, saúda os participantes do workshop, ressalta a importância do turismo náutico e deseja um bom trabalho a todos.

Os convidados lotaram o auditório Ipê Amarelo, do MMA. Entre eles, representantes de empresas privadas e de órgãos e instâncias ligadas ao governo, como a Marinha, Polícia Federal, Receita Federal, Anvisa, Antaq, ICMBio, Ibama e Conselho Nacional de Turismo.

Além do secretário Gilson Machado, participaram da solenidade de abertura a secretária-executiva do MMA, Ana Maria Pellini, representando o ministro Ricardo Salles, o deputado Leur Lomanto Júnior (DEM/BA), vice-presidente da Comissão de Turismo da Câmara, e o secretário de Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura, Jorge Seife Júnior.

Ainda segundo o secretário, dos segmentos turísticos, o ecoturismo ou turismo de natureza é o que proporcionalmente mais avança no mundo. Enquanto o turismo convencional cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo registra índices em torno de 15% a 25% ao ano.

O secretário disse ainda que o turismo náutico ajuda no desenvolvimento e na qualidade de vida de pequenas cidades - "normalmente, as localidades onde há turismo a estrutura de segurança é melhor", exemplificou -, estimula o esporte e a cultura local e incentiva as pessoas a preservarem a natureza. "Preservação, aliás, será sempre a nossa principal prioridade", enfatizou.

Depois de ressaltar o potencial natural do Brasil para o turismo náutico, ele citou o caso das arraias para mostrar como o país perde ao não aproveitar suas oportunidades. Segundo Machado, enquanto no litoral de Alagoas esses animais marinhos são caçados e abatidos para a venda por R$ 7 a unidade, nas Ilhas Cayman, no Caribe, um mergulho ao lado das arraias vivas não sai por menos de US$ 60. "Isso é só uma mostra do que estamos deixando de ganhar", disse.

Uma delas, sugeriu, é a criação de recifes artificiais, isto é, estruturas - navios, grandes barcos, tanques de guerra e até carcaças de aviões - colocadas pelo homem no fundo do mar, por meio de afundamentos controlados, para gerar vida marinha (corais, peixes) e, ao mesmo tempo, servir como atrativo para os mergulhadores.
"Esse tipo de turismo é um sucesso em vários partes do mundo", disse o secretário, ao informar que, dentro de 15 dias, o MMMA, por meio do Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), do ICMBio, participará do afundamento de dois navios com o objetivo de conservar a vida marinha e estimular o turismo náutico - um em Tamandaré, no litoral de Pernambuco, e outro na costa de São Miguel dos Milagres, em Alagoas, região abrangida pela Área de Proteção Ambiental (APA) da Costa dos Corais. 

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fonte: Secretaria de Ecoturismo do MMA

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